Ao longo do 1.º período, os alunos do 9.º ano interpretaram o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e analisaram as críticas feitas pelo autor à sociedade da sua época. Esta análise levou-os a refletir sobre os valores que estariam em crise na sociedade atual. Foi assim que surgiu o tema para DAC projeto: Crise de valores: quais as consequências? Após a apresentação do trabalho final, foram convidados a escrever uma pequena reflexão:
“Em DAC escrevemos uma espécie de Auto da Barca do Inferno como crítica à sociedade atual usando personagens que representam problemas bastante diversificados.
Durante as sessões DAC deste período, pude aprender mais sobre pessoas históricas como Carolina Beatriz Ângelo e aprofundar mais temas como o racismo, homofobia, entre outros.
Para mim, os pontos fortes foram o facto de termos trabalhado em grupos, pois com o ensino online é cada vez mais reduzido o contacto que temos com os membros da turma, mesmo tendo todos telemóveis e redes sociais, e também o facto de termos aprendido coisas novas, pois quanto maior for a nossa cultura, melhor, e não consigo identificar nenhum ponto negativo tirando as imposições que a situação atual nos coloca.
(…) termos conseguido rimar os versos é um motivo de orgulho, achava que era mais fácil do que na verdade se revelou.
Depois destas sessões DAC pude perceber que consigo fazer coisas que antes não sabia que era capaz, ou seja, acabei por me descobrir um pouco a mim própria, tornei-me mais culta e ajudou-me a criar ligações com os meus colegas de grupo o que considero muito importante”.
Carolina Mota
“Estes temas fizeram-me refletir muito e cheguei à conclusão de que esta violência diz muito mais do agressor do que da vítima, porque ele sim está errado e a cometer um crime, a vítima é apenas isso mesmo: uma pessoa que sofre constantemente apenas por não se enquadrar naquilo que os outros consideram normal. (…)
Esta aprendizagem levou-me a pensar que sou uma privilegiada, porque nunca passei por nada disto, mas, ao mesmo tempo, também me fez ficar mais atenta a tudo o que se passa à minha volta, quer seja na escola ou na sociedade em geral, porque estes casos têm de ser confrontados e denunciados para que consigamos viver num Mundo realmente livre e em segurança.”
Beatriz Silva
“(…) considero estes temas muito interessantes e até importantes para serem abordados nas escolas, porque quem comete estes crimes de discriminação fá-lo, muitas vezes. pela sua educação ou pelo que está habituado a ouvir. A abordagem destes temas na escola na escola, ajuda na transformação das mentalidades e no combate destes crimes, porque se, desde novos, aprendemos que isto é errado e sabemos lidar com pessoas diferentes de nós, mais tarde seremos adultos que conseguimos respeitar os outros.”
Gabriela Sousa
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