A aluna, Leonor Monteiro Baptista, da Turma EBJ4A, foi distinguida com uma Menção Honrosa no concurso Uma Aventura…. Literária 2020, na categoria de Texto Original 3.º e 4.º Anos. Com esta distinção, à aluna ser-lhe-á oferecido um livro da série Uma Aventura …. Literária e o respetivo diploma de participação.
Conheça o texto premiado.
Uma aventura que mudou a vida dos Portugueses
Entramos na nau. Estavam sete marinheiros a trazer o padrão. Olhei para
o céu, do convés, e pressenti que ia ser uma aventura magnífica, de mil
perigos, e mil trabalhos, mas que no fim, tudo iria valer a pena. Embarcamos
pelo Tejo fora! Uma grande aventura nos esperava!
No princípio, o mar estava calmo…
- Içar as velas! – mandou ele, o magnífico Vasco da Gama. – Organizar
os mantimentos! Temos de nos aguentar!
- Sim, Senhor! – respondemos todos em coro.
- Todos juntos. Não podemos parar as Descobertas! Ah! – disse o
capitão.
- Oh! Não! Os nossos mantimentos! - exclamou o capitão.
-Já não temos metade dos mantimentos. – disse eu.
- Mas alguns marinheiros já …já se foram. – Falou o Barte, um
marinheiro comerciante que estava no barco.
- Alguns! Menos de um quarto! – disse um amigo do capitão que também
desempenhava o papel de marinheiro.
E assim tinha começado a guerra no barco.
- Não! Já começou … a passagem de oceanos … estamos a dobrar, O Cabo da
Boa Esperança! – começou o capitão.
- Ai! Mamã! Minha mãezinha! – disse o medricas Canoul. Lá começou outra
vez a confusão…
A “São Miguel” virou. Tinham ficado apenas a “São Rafael” e a
“Barleym”.
- Parou!? – questionei-me a mim próprio.
- De quem as velas que ouço!? – disse uma voz grossa e imunda.
- Quem tenta passar pelo mar que só eu posso!? – continuou.
E teria continuado se o Sr. Gama não interviesse:
- Não temos medo de ti, monstro dos dois mares! Vamos passar este cabo
quer queiras quer não!
- Na verdade, senhor… disseram os outros marinheiros.
Até que magia aconteceu… Vasco da Gama adormeceu. Do nada!
Eu fui ao leme… Parecia que o “Mostrengo-que-está-no-fim-do-mar”,
apenas odiava o capitão, pois deixou-nos passar à custa de mil e um trabalhos e
quinhentos perigos. Apenas chegamos à Índia passados dois anos e meio. Eu já
estava cheia! Colocamos o padrão com as cinco quinas, com as cinco chagas de
Cristo, e fomos embora.
Desta vez, eu não dobraria o “Cabo”. Iria por terra. Saí perto do
“Cabo”. Andei, andei, andei e andei pela África fora, até que vi o Porto
Sentido, onde estava combinado a nau aparecer para me buscar. Não apareceram.
Por sorte tinha no bolso cinco barras de ouro. Comprei uma nau e “FUM!”. Rumo a
Portugal!