sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago 1922-2010


O escritor, laureado com o Nobel em 1998, sofria de graves problemas respiratórios. ‘Caim' fica para a história como o último livro de Saramago.

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.

Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não tinha três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.

Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.

Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
Fonte: Económico

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Novidades

Título: Peregrinação de Enmanuel Jhesus
Autor: Pedro Rosa Mendes
Livro
Como fez com o Mapa Cor-de-Rosa em Baía dos Tigres, Pedro Rosa Mendes reinventa, nesta "Peregrinação de Enmanuel Jhesus", um espaço nobre da literatura portuguesa, de Fernão Mendes Pinto a Ruy Cinatti: o arquipélago malaio, imenso território de aventura, onde as caravelas chegaram há exactamente 500 anos.


Título: O Homem que Sonhava ser Hitler
Autor: Tiago Rebelo
Livro

Neste surpreendente romance, Tiago Rebelo abre-nos a porta dos fundos do lado mais obscuro da política nacional dos nossos dias, onde nada é o que parece ser e onde se desenrolam acontecimentos extraordinários que colocam em perigo a sociedade, sem que esta se aperceba do que está realmente a acontecer. Negócios duvidosos, violência extrema, espionagem, tudo vale numa guerra secreta entre um implacável exército da extrema-direita e grupos de agitadores anarquistas da esquerda mais radical. Os dois lados tecem as suas teias globais, que se confrontam, desde as revoltas nas ruas da Grécia aos bairros problemáticos dos arredores de Lisboa.

Título: Mentes Perigosas
Realizador: Don Simpson e Jerry Bruckheimer
DVD
Oficial da marinha (Michelle Pfeiffer) abandona carreira militar para realizar o antigo sonho de ser professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeles que tem pela frente logo na primeira escola em que leciona será capaz de colocar à prova todo seu treinamento e experiência adquiridos na caserna.


Título: Dogville
Realizador: Lars Von Trier
DVD
Em plena década de 30, Grace (Nicole Kidman) é uma fugitiva que chega à isolada cidade de Dogville após fugir de gangsters. Encorajada por Tom (Paul Bettany), o porta-voz da cidade, Grace faz...


Título: Deixei o meu Coração em África
Autor: Manuel Arouca
Livro
Isabel recebe um manuscrito em condições inesperadas e misteriosas. O seu autor, Rodrigo, desaparecido há seis anos e dado como morto pelos seus amigos, relata as experiências e as vivências, os factos e as emoções, os encontros e os desencontros que marcaram a sua vida. Assim, o leitor é levado numa viagem que, por um lado, o transporta aos loucos anos sessenta na alta sociedade lisboeta; e, por outro, o leva à sedução de África, continente misterioso que abre novos horizontes. Se encontramos a guerra de guerrilha, difícil e intensa, deparamo-nos também com o glamour de uma vida aventureira, célebre por safaris, pára-quedismo, aviões e um quotidiano nas fazendas marcado pela ousadia. As relações pessoais espelham-se num pano de fundo que é uma época politicamente moralista, marcada por valores tradicionais e pela guerra colonial.


Título: A Zona - Propriedade Privada

Realizador: Rodrigo Plá

DVD

Riqueza e pobreza abjecta convivem lado a lado na imensidão da cidade do México, onde luxuosas comunidades privadas, estão rodeadas de bairros de lata. No seguimento de uma tempestade um enorme cartaz desprende-se e cria uma brecha nas barreiras de um condomínio privado por onde entram três jovens adolescentes que aproveitam a oportunidade para roubar. No entanto eles são confrontados por uma residente que acabam por matar, porém uma criada dá o alarme e os vizinhos reagem rapidamente matando dois dos assaltantes. O terceiro rapaz consegue escapar-se e quando a polícia chega é-lhes dito que não se passou nada...
Rodrigo Plá dá-nos neste seu primeiro filme um retrato complexo e intenso sobre a realidade da vida numa grande metróple denunciando os horrores do vigilantismo ao mesmo tempo que explora temas como a vida de privilégio, responsabilidade social e psicologia de grupo que na sua expressão mais negra pode levar ao crime. Uma magnífica primeira obra de um dos mais promissores realizadores mexicanos.

Fonte: Fnac

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um livro que eu li...

O Centro de Novas Oportunidades organizou a actividade de leitura: "Um livro que eu li...", no dia 4 de Junho. Esta actividade foi dinamizada pelos adultos dos Processos RVCC de nível básico e secundário.


  • O Centro de Novas Oportunidades organizou a exposição: "No meu tempo era assim...", de 1 a 4 de Junho. Esta exposição foi organizada pelos adultos dos Processos RVCC de nível básico e secundário.

    Estas actividades decorreram na Biblioteca Escolar A Casa de Camilo.



sexta-feira, 4 de junho de 2010

José Saramago - Autor do Mês


Consagrado escritor português, José Saramago nasceu a 16 de Novembro de 1922, em Azinhaga, no concelho da Golegã.
Ficcionista, cronista, poeta, autor dramático, coube-lhe a honra de ser o primeiro autor português distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, em 1998, consagrando, no seu nome, o prestígio das letras portuguesas contemporâneas além-fronteiras. Atribuição tanto mais meritória quanto a sua existência encontrou sempre condições adversas à satisfação da sua sede de cultura, ao longo de um percurso biográfico pejado de obstáculos - José Saramago não pôde, por dificuldades económicas, prolongar os estudos liceais; depois de obter o curso de serralheiro mecânico, desempenhou simples funções burocráticas e conheceu, em 1975, o desemprego - que não o impediria, porém, nem de manter uma postura cívica exemplar, marcada pelo empenhamento político activo, antes e após o regime salazarista, nem de, graças a um trabalho de autodidacta, adquirir um saber literário, cultural, filosófico e histórico incomparável, nem de se tornar um dos raros escritores profissionais portugueses. Figura de primeiro plano da literatura contemporânea nacional e internacional, a sua obra encontra-se traduzida em diversas línguas, sendo objecto de vários estudos académicos. Revelou-se como poeta com a colectânea Os Poemas Possíveis (1966), a que se seguiria Provavelmente Alegria (1970), desenvolvendo, simultaneamente, uma longa experiência como cronista, coligida nos volumes Deste Mundo e do Outro (1971), A Bagagem do Viajante (1973), As Opiniões Que o D. L. Teve (1974) e Os Apontamentos (1976). Destes dois registos fez o campo de ensaio, para, com 44 anos, encetar uma amadurecida carreira de romancista, que deixaria para trás experiências ficcionais ainda não suficientemente reveladoras, como Terra de Pecado, de 1947. Manual de Pintura e de Caligrafia e Levantado do Chão são os dois primeiros títulos de uma actividade romanesca que, concebida como registo privilegiado para uma interrogação sobre a relação entre o homem e a História, entre o individual e o colectivo, entre o escritor e a sociedade, nos anos 80, conhece um sucesso fulgurante, junto do grande público e da crítica especializada. É durante esta década que publica os títulos que o celebrizaram, como Memorial do Convento (1982), O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) ou A Jangada de Pedra (1986), e onde problematiza, de forma imaginativa e humorada, numa dinâmica narrativa livre (sem constrições, seja ao nível da expressão linguística, marcada, do ponto de vista formal, por uma estratégia de integração, sem marcas gráficas, do discurso dialogal das personagens e do narrador no fluxo contínuo do texto; seja ao nível da efabulação de personagens ou do tempo), as modalidades de ficcionalização do tempo histórico, quer remetido para um passado revisto a partir da atenção conferida às histórias reais ou sonhadas dos seres anónimos que construíram a História (Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis), quer concebida como crónica de um futuro virtual que, sob a sua forma alegórica, não deixa de reflectir uma inquietação sobre o presente (A Jangada de Pedra). Posteriormente publicou outras obras, de entre as quais merecem menção História do Cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1992), Ensaio sobre a Cegueira (1996), Todos os Nomes (1997) e A Caverna (1999). A bibliografia de José Saramago abrange ainda textos teatrais (Que Farei Com este Livro, A Segunda Vida de São Francisco, In Nomine Dei) e o registo diarístico encetado com a edição de Cadernos de Lanzarote.
José Saramago é comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada desde 1985 e cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas desde 1991. Para além do prémio Nobel, foi galardoado com o Prémio Vida Literária, atribuído pela APE, em 1993, e com o Prémio Camões, em 1995. Em 1999 foi doutorado honoris causa pela Universidade de Nottingham, em Inglaterra, e em 2000 pela Universidade de Santiago, no Chile.
  • Fonte: Wook
Obras do autor:
  1. Memorial do Convento
  2. Caim
  3. Os Poemas Possíveis
  4. A Jangada de Pedra
  5. Ensaio sobre a Cegueira
  6. O Evangelho Segundo Jesus Cristo
  7. A Viagem do Elefante
  8. Levantado do Chão
  9. Ensaio sobre a Lucidez
  10. Todos os Nomes
  11. A Caverna
  12. Intermitências da Morte
  13. ....

quinta-feira, 3 de junho de 2010

João Aguiar 1943-2010


João Aguiar nasceu em Lisboa em 1943, sendo licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas.
A sua carreira literária tem início em 1984, com a publicação daquele que é ainda hoje um dos seus romances emblemáticos: A Voz dos Deuses. Publicou ao todo quinze romances, dois livros de contos, uma obra de não-ficção (Lapedo-Uma Criança no Vale) e três séries juvenis: O Bando dos Quatro, Pedro & Companhia e Sebastião e Os Mundos Secretos.
Parte da sua obra está traduzida em Espanha, França, Itália, Alemanha e Bulgária.
Fonte: Wook
A BE A Casa de Camilo agradece o contributo que este escritor deu à Literatura Portuguesa e tivemos a felicidade de conviver, com este ilustre contador de estórias, durante uma manhã. Paz e tranquilidade à sua alma... Continuarás a caminhar ao nosso lado...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os Maios - Exposição


O Dia das Maias é um costume do povo português que tem algumas nuances regionais. O 1º de Maio é o Dia das Maias e comemora-se em Portugal, de um modo geral, pela oposição das «Maias», ou seja, de giestas ou flores, sob diversas formas, em portas e janelas e noutros locais. Ao contrário de outras regiões, em Trás-os-Montes surge ao lado de outras práticas, que são independentes mas de significações convergentes.

A origem da tradição das Maias perde-se no tempo e pode ter várias explicações. Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual havia danças toda a noite do primeiro dia de Maio. Por vezes, podia ser também uma menina de vestido branco coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. Esta festa, de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara "que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Maias ou Janeiras e outras coisas contra a lei de Deus...". Ainda segundo outros, o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas.

Fonte
Organização: Equipa da Biblioteca