terça-feira, 30 de julho de 2013

Um Poema por Semana - Saudade

Saudade

Tão bom é recordar,
Tão triste é deixar de olhar,
Sentimento tão forte,
Que mexe bem cá dentro.
É esta saudade,
Que não me larga e me apanha
Em cada virar da esquina,
Que me entristece
E me faz chorar
Como uma menina.
Saudade do que tive,
Do que podia ter,
Saudade tão dura,
que fica para quem vive
Sem o puder ver.
Mas há a saudade boa,
Que é recordar
O sorriso e aperto de mão
Que valeu a pena
Para consolar o meu coração.

Andreia Sofia Oliveira Gomes

poema publicado in Amo de ti, Cancioneiro Infanto-juvenil para a Língua Portuguesa, Vol. XV, 6.º
Concurso poético. Lisboa: Instituto Piaget.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Porque é que a água não tem sabor?

O porquê das coisas - Porque é que a água não tem sabor?

A língua tem papilas gustativas com a função de reconhecer certas substâncias e poder associá-las aos recetores próprios, para serem avaliados e registados. Ora, a água não possui nenhuma das substâncias "identificáveis" por esses recetores, os quais, não sendo ativados, não transmitem qualquer informação sobre sabor. É por isso que a água é insípida, e ainda bem: como os alimentos que ingerimos são compostos em parte por água, se ela não fosse insípida iria alterar o sabor desses alimentos.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Socializar online: Prós e Contras

Sociedade Civil (VIII) de 22 Jul 2013 - RTP Play - RTP

Criar um perfil, partilhar fotos, adicionar amigos, comentar ligações, participar num chat são atividades que farão, certamente, parte das férias dos mais novos.
Sozinhos em casa, com várias horas livres para dispensar em frente a um computador, sem um adulto a supervisionar, quem garante a proteção das crianças online?

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um poema por semana - Sentimento Vadio

Sentimento Vadio

A vontade de estar sozinha
Leva-me a pensar
Que nesta vida mesquinha
Não quero continuar,
Sem vontade de amar, sem vontade de viver,
Não paramos de sonhar e de sofrer,
Sofrimento que não acaba
Que entra no coração,
Nunca sou amada, não passa da ilusão,
Ilusão de mentira,
Ilusão que não se suporta
E que algum dia entrará pela porta,
Porta que não se abre,
Sem sofrimento entrar
Amor que vem tarde
Nunca acaba por fi car,
Para o carinho, para a sede da paixão
Meu coração fi ca sozinho
Sempre na solidão,
Solidão que não desaparece
Sol que não se escapa
O amor não fl oresce
A chuva não está farta
De cair, de molhar
Paixão que vai apagar
Mas, existe a esperança
De não dizer não
A uma mudança,
Mudança que por vezes acontece
Sem dar por ela,
Tudo se esquece
Saímos da cela,
Que nos faz delirar
Agora tudo me adora
Estou pronta para amar.

Carla Manuela Dias Ferreira
poema publicado in A Casa do Sol é a cor Azul, Cancioneiro Infanto-juvenil para a Língua Portuguesa, Vol. XIV, 5.º Concurso
poético. Lisboa: Instituto Piaget.

domingo, 21 de julho de 2013

Porque temos soluços

O Porquê das Coisas - Porque temos soluços

O soluço é uma contração involuntária e intermitente do diafragma e dos múculos intercostais que leva ao fecho abrupto da glote. O conhecido "hic" pode acontecer por inúmeras razões, sendo as mais vulgares a ingestão de bebidas muito quentes ou muito frias, comer muito e rápido, engolir muito ar, ingerir bebidas com gás ou até dar gargalhadas. Normalmente duram poucos minutos, mas caso persistam por várias horas ou dias convém procurar um médico para descobrir a sua causa pois, entre outras, pode ter origem neurológica ou metabólica.

Expresso, REVISTA 20/JUL/13

sábado, 20 de julho de 2013

O Império dos Homens Bons - Uma leitura de José Paiva

No seu último romance, O Império dos Homens Bons, Tiago Rebelo narra as aventuras e desventuras africanas do seu antepassado, o padre Joaquim Santa Rita Montanha, o qual, depois de recentemente ordenado sacerdote, deambula num sufoco diário pelas ruas de Lisboa, com uma crescente frustração, pela luta de uma Igreja em dificuldades, que tenta sobreviver à perca dos seus valores de outrora, despojada da sua riqueza e dos poderes que lhe tinham sido retirados, pelos governos surgidos da “Carta Constitucional”, um deles, efetuado através do decreto fatal, assinado pelo ministro da justiça de então, Joaquim António de Aguiar, o “Mata Frades”, “cortando as pernas ao clero para lhe limitar o poder, a influência económica e social, e os jovens padres como ele, alheios aos sofisticados bastidores da fina intriga política, testemunhavam, impotentes, a miséria que alastrava pelas ruas a olho nu”, (sic). Buscando um sentido para a sua vida, num país depauperado por guerras infindas, sendo a capital a montra da pobreza nacional, com a fome a grassar e o quotidiano se resumia, à sobrevivência, em que a Igreja se debate, sem recurso para acudir aos cidadãos famintos, Joaquim, sente então o chamamento vocacional, para, sugestionado por um dos seus mentores, se tornar missionário em Moçambique.


Podes continuar a ler a opinião de José Paiva a seguir:

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Um Poema por Semana - Sonho

Sonho

Sonha enquanto puderes
Enquanto o mundo te der ar para respirar
Voa para bem longe e não queiras acordar,
Alimenta esse sonho
Pelo que te faz chorar e lutar,
Pelo que queres e o que não queres ao mesmo tempo,
Pelo que tens medo de enfrentar,
Pelo que amas e pelo que teimas em não acreditar.
E que nada te faça parar,
Nem a chuva, nem o vento.
Ainda que venha o dia mais turbulento,
Acredita no teu sonho e vive-o na alegria
De ele nunca mais acabar
E deixa esse teu espírito marcado
Para que os outros possam acreditar
Na verdade que o sonho comanda a vida,
É por ele que vivemos desde o dia em que nascemos
Até àquele em que morremos.

Andreia Sofia Oliveira Gomes

poema publicado in A Casa do Sol é a cor Azul, Cancioneiro Infanto-juvenil para
a Língua Portuguesa, Vol. XIV, 5.º Concurso poético. Lisboa:
Instituto Piaget.

domingo, 14 de julho de 2013

Porque é que o Espaço Celeste é Negro?

O Porquê das Coisas - Porque é que o Espaço Celeste é Negro?

Na parte da Terra em que é de dia, o céu é claro porque nas moléculas do ar  refletem  a luz do Sol. Mas para lá da atmosfera terrestre o céu é sempre negro, de noite e de dia, porque, como não há ar, a luz do Sol não é refletida. Por isso, fora do ambiente terrestre também se veem sempre as estrelas, seja de noite, seja de dia. Como o espaço é muito vazio e há muito poucas moléculas para refletir a luz na nossa direção, no espaço é muito escuro, mesmo nas zonas próximas do Sol.


Expresso, REVISTA 13/JUL/13

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Um Poema por Semana - A Vida

A Vida

A vida é um pássaro
Que voa, voa.
A vida vai e vem
Com tristezas e alegrias,
Com funerais e romarias,
A vida é pôr um ideal nas asas de um pássaro,
E deixá-lo dar a volta ao mundo
É deixar que este pássaro possa voar,
do mais fundo ao mais alto,
É deixá-lo conhecer tudo
E ajudá-lo a não se cansar de voar.


Andreia Sofi a Oliveira Gomes
poema publicado in A Casa do Sol é a cor Azul, Cancioneiro Infanto-juvenil
para a Língua Portuguesa, Vol. XIV, 5.º Concurso poético.
Lisboa: Instituto Piaget

terça-feira, 2 de julho de 2013

Um Poema por Semana - Desencontros

Desencontros

Pára, escuta
Sente que te perdes
E que te encontras,
Ser um ser indefi nido
Ser um único abrigo
Mas, assim
Pára, porque o tempo
Anda e desanda
E a vida pode continuar
E escuta,
Que os sons que trazem o coração
Revertem a emoção
E dizes,
Chega, mais não!
Às vezes
Recolho-me, torno-me
Na solidão que tanto me obriga
A deixar de fi car sozinha.
Sem medo, mostro-me
Ao mundo,
Mais limites,
E que acredites
Não vás, fi ca e esquece
Porque o amor
Acontece,
E permanece!

Carla Manuela Dias Ferreira
poema publicado in A Minha Vida é Uma Memória, Cancioneiro Infanto-juvenil
para a Língua Portuguesa, Vol. XIII, 5.º Concurso poético.
Lisboa: Instituto Piaget.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O porquê das Coisas - As baleias


Porque é que as baleias aguentam até 90 minutos debaixo da água?

A baleia é um mamífero, mas chega a aguentar 90 minutos debaixo de água. Biólogos da Universidade de Liverpool descobriram que isso se pode dever ao facto de a mioglobina da baleia - uma proteína que fixa o oxigénio no sangue e que os mamíferos marinhos possuem em elevada concentração - ter uma carga elétrica
muito superior à de outros 100 mamíferos analisados. A elevada carga elétrica faz estas proteínas repelir-se (como um íman), impedindo-as de se juntar e, portanto, facilitando o transporte de oxigénio.

Expresso, REVISTA 29/JUN/13