Quando chega o 10ª mês do ano, em vez de outubro, ouvimos falar do Mês Rosa. E são muitas as iniciativas dinamizadas por diferentes instituições em todo o mundo, nomeadamente Portugal, para assinalar esta famosa dupla: mês e cor.
Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente em outubro, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do cancro da mama. Durante o mês, diversas instituições abordam o tema para encorajar mulheres a realizarem exames de rastreio. Iniciativas como estas são fundamentais para a prevenção, visto que nos estádios iniciais, a doença é assintomática.
O movimento teve início em 1990 num evento chamado "Corrida pela cura" que aconteceu em Nova Iorque, para arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation.
A partir de 2008, iniciativas como esta tornaram-se cada vez mais frequentes. Diversas entidades relacionadas com o cancro passaram a iluminar prédios e monumentos, transmitindo a mensagem: a prevenção é necessária.
Em Portugal realiza-se sempre a corrida da mulher, onde milhares de participantes vestem camisolas rosa e correm ou caminham pelas ruas de Lisboa.
Mas não é apenas o mês de outubro ou a cor rosa que transmitem mensagens importantes.
Vejamos o que representam os laços coloridos que estão distribuídos pelos meses do ano, procurando consciencializar a sociedade para os mais diversos temas – todos importantes.
No mês de janeiro assinalam-se dois temas – cancro do colo do útero e saúde mental. Faz sentido que o primeiro mês do ano se associe ao útero, já que é lá que se inicia a vida. A cor, verde água, tem a ver com o facto de ser fonte de vida, cor da centralidade; relaciona-se com o centro do nosso corpo, daí o colo do útero.
O laço branco (aparece cinza para se ver) da saúde mental está associado à cor da paz; “Corpo são, mente sã”, lá diz o ditado.
Alzheimer e Leucemia são duas doenças graves: uma mental outra do sangue – são lembradas em fevereiro.
O roxo associa-se ao Halloween e à sensação do medo característica dessa festividade; as pessoas com alzheimer podem sentir-se assustadas se ninguém as ajudar a lembrar-se do que se vão esquecendo.
Cor secundária derivada da mistura do amarelo e do vermelho, o laranja da leucemia pretende lembrar o amarelado dos glóbulos brancos (leucemia- número elevado de glóbulos brancos no sangue) com os poucos glóbulos vermelhos.
No mês em que nos encontramos, março, a sociedade é alertada para o cancro colorretal. Assim como o mar é agitado e perigoso, também este cancro é conhecido como um dos mais violentos e agressivos para o organismo. Por isso, o laço é azul da cor do mar.
Em abril, a sociedade é convidada a refletir sobre Segurança no Trabalho – e o verde claro é sinónimo de vitalidade e segurança – e sobre Autismo. As pessoas autistas, por viverem numa realidade diferente do comum, são apontadas como sonhadoras constantes. Por isso, associa-se a esta doença o azul claro – cor do céu e do sonho.
A maio associa-se o amarelo fluorescente usado nas estradas e coletes refletores dos automobilistas para assinalar os Acidentes Rodoviários que todos os anos causam centenas de mortos e feridos.
Junho é o mês do sangue: doação e doença. O laço vermelho incentiva a doação de sangue; o laranja deriva da mistura do amarelo e do vermelho. Quando considerando o sangue, vermelho, assume-se o laranja quando se verifica um decréscimo dos glóbulos vermelhos, salientando a cor dos glóbulos brancos, amarelados.
Em julho, o laço amarelo claro representa a medula óssea, portanto, alerta-se para o cancro dos ossos.
Dourado é o mês de agosto. O número de mães que amamentam os seus filhos tem vindo a diminuir e o leite materno tem nutrientes VALIOSOS para a saúde dos bebés, daí esta campanha de incentivo.
Amarelo é a cor do desespero. E em setembro – final do verão – chama-se a atenção para o suicídio e a saúde mental. Esta campanha quer alertar para a necessidade de se reconhecer que o suicídio está relacionado com a debilidade da saúde mental.
No mesmo mês, fala-se de esperança através do laço verde e da doação de órgãos. As pessoas que esperam que apareça um dador compatível baseiam a sua vida na esperança de o encontrar.
O rosa é associado tradicionalmente às meninas, daí esta associação ao cancro da mama que afeta essencialmente mulheres. No entanto, também pode afetar os homens.
Se o rosa é feminino, o azul é a cor dos meninos. Por isso, em novembro, salienta-se o laço azul sulfato que incentiva os homens a fazer exames de rastreio do cancro da próstata. O laço laranja escuro recorda que não é apenas a população mais velha que sofre de cancro, as crianças e os jovens, também.
Em dezembro, a cor laranja, que lembra os raios solares, alerta para a radiação nociva que provoca ou pode provocar cancro de pele.
Mas o último mês do ano é mais conhecido pelo laço vermelho da luta contra a SIDA, uma doença que começou no seio das relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo.
Este laço lilás não está ainda associado a nenhuma campanha e, por isso, foi colocado aqui como uma campanha de agradecimento pela atenção e para dizer que um dia podemos estar nós na base da criação de uma campanha de consciencialização e sensibilização de algum acontecimento ou doença, mudando várias vidas.
E assim, nesta viagem pelos meses do ano verifica-se que as cores também valem por mil palavras. Os laços coloridos associados aos meses transmitem mensagens de alerta, incentivo e apelo.
Maria Rita C. Faria, turma 8ºE (realizado no âmbito da disciplina de Português)
Sem comentários:
Enviar um comentário