Pedro Miranda |
Vejo uma multidão guardada por caçadores
Cheiro por esse bosque suores de horrores
No rosto dos veados vivem segredos
Mas com a minha alma selada
Não reconheço os meus medos
Serei eu o seu Senhor amado?
Poderei eu com tal fardo?
As criaturas me fazem Rei
Mas sobre o meu desejo
Eu futilmente já não sei
Dizem que terei o que anseio
Contam que ultrapassam o que receio
Porque estou eu em dilema?
Eu já não serei um homem
E estas palavras já não são um poema
Agora nesta madrugada impotente
Assombrada pelo sol nascente
De sangue se fizeram os traços
A esperança morre no meu peito
E um anjo nos meus braços.
Carlos Alberto Pereira Monteiro
3.º Prémio – Ens. Secundário Concurso Literário ESPBS 2010
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