quarta-feira, 23 de julho de 2014

Um Poema por Semana . O Lamento da lucidez

Pedro Miranda
O lamento da lucidez

Vejo uma multidão guardada por caçadores
Cheiro por esse bosque suores de horrores
No rosto dos veados vivem segredos
Mas com a minha alma selada
Não reconheço os meus medos

Serei eu o seu Senhor amado?
Poderei eu com tal fardo?
As criaturas me fazem Rei
Mas sobre o meu desejo
Eu futilmente já não sei

Dizem que terei o que anseio
Contam que ultrapassam o que receio
Porque estou eu em dilema?
Eu já não serei um homem
E estas palavras já não são um poema

Agora nesta madrugada impotente
Assombrada pelo sol nascente
De sangue se fizeram os traços
A esperança morre no meu peito
E um anjo nos meus braços.

Carlos Alberto Pereira Monteiro

3.º Prémio – Ens. Secundário Concurso Literário ESPBS 2010

segunda-feira, 21 de julho de 2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Um Poema por Semana - Vizinhos Desconhecidos



Pedro Miranda

Vizinhos desconhecidos

Vizinhos da mesma rua,
Parentes do mesmo nome.
Não conseguem viver juntos,
Nem um sem o outro.

Moram na verdadeira ignorância
De saber que se completam.
Insistem em existir por detrás das sombras,
Mesmo sabendo que se amam.

Cada um deles reside dentro de nós,
Um no coração, outro na memória,
Um adormecido, outro à espera.

Aparecem inesperadamente,
Mudando tudo,
Colorindo a nossa visão…
E desfalecendo os nossos pensamentos.

Um a seguir ao outro, 
Matando quem se atravessar no caminho.
Acordam-nos e mostram-nos como amar,
Torturando-nos e matando as nossas esperanças.

Estes vizinhos odeiam-se,
Completam-se, amam-se…
Têm nomes distintos:
Amor e Ódio…

Amigos, que nos ensinam a viver!

Ana Fernandes Carvalho
2.º Prémio – Ens. Secundário Concurso Literário ESPBS 2010

domingo, 13 de julho de 2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Boas férias e boas leituras

A Biblioteca Bernardino Machado deseja boas férias a toda a comunidade escolar.
Lê, protege-te da ignorância!

Um Poema por Semana - Quatro Estações

Quatro Estações
Pedro Miranda

A vida é um poema de quatro estações
Que se levanta com o primeiro sol.
E, numa manhã de fumo branco
Vislumbra-se o farto espírito pelo farol.

Esta Senhora de momentâneas folhas perenes.
Tanto é bela e feia, sem nunca deixar o banal
Cobre-se, sumptuosamente, de flores, e cresce.
Enriquece o tronco, a seiva, a cor, e amadurece.

Eis então, que o gélido fi m é o começo!
A continuação de um ciclo interminável
Que existe só para quem lá está. Terminada
Em matéria orgânica decomposta. Estagnada…

1.º Prémio – Ensino Secundário Concurso Literário ESPBS 2010

Marta Catarina Oliveira Carvalho

terça-feira, 1 de julho de 2014